“Temos Partido!”: depois de três chumbos Nova Direita pode ir a eleições

Os juízes do Tribunal Constitucional decidiram “deferir o pedido de inscrição no registo próprio existente no Tribunal Constitucional do partido político com a denominação ‘NOVA DIREITA'”, que terá a sigla ND.

Tribunal Constitucional (TC) aceitou esta terça-feira o pedido de inscrição do partido político “Nova Direita”, liderado por Ossanda Liber, depois de ter indeferido esta solicitação por três vezes devido a irregularidades no processo.

De acordo com um acórdão do TC datado desta terça-feira, os juízes do Palácio Ratton decidiram “deferir o pedido de inscrição no registo próprio existente no Tribunal Constitucional do partido político com a denominação ‘NOVA DIREITA'”, que terá a sigla ND.

Em acórdão de 13 de dezembro, o TC tinha indeferido pela terceira vez o pedido de oficialização do partido, considerando então que o projeto de estatutos não cumpria os requisitos legais.

Este ano, o movimento presidido por Ossanda Liber (que foi vice-presidente do partido Aliança) já tinha solicitado por outras duas vezes a inscrição como partido, mas o TC rejeitou-o então por falta de subscritores (mínimo de 7.500 assinaturas) ou por ter detetado assinaturas inválidas.

Segundo os juízes, na última vez que rejeitou o pedido, “foram formuladas objeções de legalidade que determinaram a recusa de inscrição do Partido ‘ND’ no registo próprio existente no Tribunal, bem como recomendações ligadas a tais objeções”.

“Neste momento apenas as objeções de legalidade relevam, e não as recomendações (que, por natureza não obstaculizam a inscrição de qualquer partido político no registo)”, justificam no acórdão.

Por isso, o TC decidiu que o projeto de estatutos e a declaração de princípios entregue pelo movimento “não suscitam qualquer questão de legalidade que justifique a não inscrição do partido ND”, explicando que não surgiram novas irregularidades e as que existiam encontram-se resolvidas.

Quando foi conhecida a terceira recusa do TC, a presidente do “Nova Direita”, através das redes sociais, anunciou que o movimento tinha apresentado novos estatutos ao Tribunal Constitucional, “na esperança de que a situação” fosse resolvida a tempo “para a participação nas eleições legislativas de 10 de março”.

Fonte: Sic Notícias

Partilhe com os seus amigos...