A Nova Direita é um movimento patriótico, conservador e soberanista. Surge num tempo de profunda transformação global: tecnológica, cultural, económica e geopolítica. Tem uma vocação: usar a política como instrumento do Bem Comum. Impõe-se um valor supremo: o da Nação portuguesa, comunidade de comunidades e família de famílias, da sua independência, da sua liberdade e da sua identidade. E reconhece-se um objectivo: contribuir, pela sua acção, para a realização do interesse nacional em todas as vertentes e em todos os momentos.

A Nova Direita é patriótica. Tem na pátria uma unidade indiscutível e na comunidade uma realidade natural, determinada pela nossa natureza de homens e digna de defesa face a tudo o que promova a sua desagregação. É conservadora. Vê a nossa tradição como um património rico, pleno de lições para o futuro, e a nação como um contrato entre os portugueses de hoje, de ontem e de amanhã. É soberanista. Acredita na independência nacional como forma prática da democracia; entende o Estado soberano, senhor da sua lei, das suas fronteiras e dos seus recursos como o único capaz de garantir a realização do interesse da nação e do povo. Por isso tem por insubstituível e inegociável.

A Nova Direita é portuguesa. É-o intensa e profundamente. As referências políticas, históricas e filosóficas em que se funda são as da tradição portuguesa. A sua proposta baseia-se nas características, na experiência e nas lições de uma civilização portuguesa já quase milenar. Respeitadora de todos os credos, reconhece sem medo que aquele que ilumina a nossa ideia de família, de economia e de sociedade é o cristão; celebrando todas as culturas, reitera que sem portugueses e sem identidade portuguesa não pode haver Portugal. Orgulhosa da raiz europeia do país, valoriza, pelo legado e pelo futuro que pode representar, esse imenso espaço de língua, História e sentimento a que chamamos Portugalidade – e assume a vocação de defendê-la e de relançá-la.

Fundada em acto de serviço a Portugal, a Nova Direita está aberta a todos os patriotas portugueses que nela se sintam representados. Os princípios que a norteiam são os que abaixo se apresentam:

  • A Nova Direita acredita num Estado português soberano. Compromete-se com a preservação, para o povo português, de um Estado que represente os seus interesses, não os de outros, e se proteja a si, à sua identidade e à sua prosperidade.
  • A Nova Direita acredita na soberania económica. Defende para nós a capacidade de, tanto quanto possível, produzir em Portugal, com tecnologia portuguesa, capital português e centros decisórios portugueses.
  • A Nova Direita acredita num Estado forte. O Estado é a forma política da Nação. Estratega e agente, cabe-lhe interpretar e realizar o interesse geral do povo português. Compromete-se com a paz e a justiça sociais; concilia expectativas; supera ntagonismos, separatismos, sectarismos e egoísmos para a construção do Bem Comum.
  • A Nova Direita acredita na Pessoa humana como valor indiscutível. Reconhece-a na plenitude da sua dignidade e em todos os momentos do seu desenvolvimento, da concepção até à morte natural. Define-a como integrada nas suas comunidades naturais: de nação, de fé, de trabalho e de família, e entende que a liberdade da Pessoa é delas indissociável.
  • A Nova Direita acredita na Liberdade. Defende as liberdades individuais e as colectivas; reitera a sua indispensabilidade e rejeita como necessariamente anti-humano todo o projecto liberticida. Nestes dias de crescente policiamento da opinião e de retraimento da privacidade, manifesta-se resolutamente por uma sociedade livre.
  • A Nova Direita acredita na solidariedade nacional. Vê a economia ao serviço do Homem e do país, e não o contrário; rejeita como desnecessárias e moralmente ultrajantes a exclusão, a miséria e a desigualdade incompatível com a dignidade humana. A comunidade nacional, quer pela acção directa do Estado quer através da sociedade civil, integra e auxilia. Esse dever de fraternidade é emanação da nossa consciência cristã, e, pois, parte do que é ser português.
  • A Nova Direita acredita na tradição portuguesa. Tradição não é arcaísmo; é vida; é a alma das nações e argamassa das comunidades. A tradição é a verdade testada e confirmada pela História. É a essência da portugalidade e valioso repositório de lições para o futuro.
  • A Nova Direita acredita na Família. Porque é alicerce da Nação, o Estado respeita-a na sua autonomia: favorece a vida em partilha, estimula a maternidade, protege e incentiva a autoridade dos pais e reconhece-lhes o papel condutor, essencial, na construção dos portugueses de amanhã. Aos pais competem direitos de guarda, de educação, de representação e de disciplina sobre os seus filhos, e sempre no superior interesse destes últimos.
  • A Nova Direita acredita numa Europa de nações soberanas. Recusa o federalismo e o esmagamento das vontades nacionais por burocracias centralizadoras e anti- democráticas; afirma a sua valorização da Europa como civilização nascida da herança da Grécia e de Roma, e constituída em família de pátrias livres.
  • A Nova Direita acredita num Portugal dono da sua política externa. Sem embargo das alianças em que possa inserir-se, Portugal é um país livre, que assume livremente os seus compromissos e os seus parceiros. Não segue, não obedece, não faz sua a política de outros: decide-a por si mesmo. Esta política externa independente tem por única bússola o interesse nacional.
  • A Nova Direita acredita num Portugal capaz de defender-se. Atribui, na sua acção permanente, prioridade clara àqueles que lutaram ou lutam pelo país, e bate-se por Forças Armadas poderosas, respeitadas e capazes de defender os grandes objectivos nacionais.
  • A Nova Direita acredita num futuro verde – para Portugal e para o mundo. Sem ser ambientalista, é, contudo, ecologista: olha para o património natural como sendo também o da Nação, e entende a sua preservação como essencial ao desenvolvimento e à felicidade humanas. Rejeita a ideia de incompatibilidade entre a preservação ambiental e o interesse da espécie humana, e propõe o equilíbrio entre ambos como racional e necessário.