Perante o debatte em curso sobre o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia por Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Nova Direita vem reiterar que os perigos inerentes ao confronto entre a OTAN e a Rússia são demasiado grandes para poderem ser ignorados, que não haveria vencedores numa guerra nuclear e que o único caminho que verdadeiramente defende o povo ucraniano é o da diplomacia e da paz.
Em observância da Constituição da República, que no seu Artigo 7º preconiza a ‘resolução pacífica dos conflitos internacionais’, e enquanto potência histórica e cabeça de um espaço civilizacional que abrange o Brasil, Angola, Moçambique e numerosos outros Estados neutros, o papel de Portugal deve ser o de facilitar a abertura de negociações de paz entre Kiev e Moscovo que resultem num cessar-fogo imediato e sustentável.
A Nova Direita nota ainda com apreensão a possibilidade de que também a Portugal venha a ser requerido o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia. No actual estado de total desinvestimento, obsolescência e quase inoperabilidade em que se encontram as Forças Armadas, a prioridade do Estado tem de ser dotar os nossos militares de recursos – não os de nações estrangeiras.
Paz, diplomacia e neutralidade – eis a única solução que defende o interesse português, o da Europa, o do Ocidente e o da Ucrânia.