Discurso proferido por Ossanda Liber, líder da Nova Direita, por ocasião da entrega ao Tribunal Constitucional das assinaturas necessárias à formalização do partido.
Bom dia a todos e obrigada pela vossa presença.
Hoje é um dia muito importante para a Direita Portuguesa. Com o início do processo de formalização do Partido NOVA DIREITA, a Direita Portuguesa, aquela que os Portugueses querem e gostam, forte, pragmática, responsável e respeitável, renasce.
Renasce, desde logo para lutar contra políticas pseudo-socialistas e ideologias, cujo único mérito que têm é o de destruir as instituições outrora eficazes na prossecução dos seus fins. Estou convicta que por esta altura portugueses de todas as sensibilidades políticas concordarão comigo, que os mais de 20 anos de socialismo praticamente seguidos, apenas intervalados por 4 anos de troika não resolveram os nossos problemas, pelo contrário, acentuaram-nos.
Renasce, porque de facto há muito que a Direita está desestruturada, desorganizada, pouco ou nada fiel aos seus princípios, e infelizmente mais interessada nos soundbytes, no populismo, na reação muito mais do que na ação, e por esse caminho, parece-nos que tão cedo não irá merecer a confiança dos Portugueses para nos governar. Basta de espalhafato mediático, manchetes vazias para encher telejornais, apenas com o intuito de mais uns quantos votos nas próximas eleições. Mas basta também de partidos que ora são mais esquerdistas que os socialistas ora mais troikistas que a troika. Este género de partidos não geram confiança nos eleitores e, não têm capacidade sequer para se entenderem, quanto mais para governar Portugal.
É um dia igualmente importante para as mulheres, que são por natureza batalhadoras mas a quem sistematicamente é dito que Política à sério, é para os homens. Não, não é, eu sou mulher, sinto-me muito bem no meu papel e sou tão competente como os meus colegas e ou adversários masculinos. E acreditem que não foi por acaso que escolhemos o dia de hoje, dia 8 de Março, dia da mulher, para dar o pontapé de saída desta Nova Direita. Uma das linhas de força importantes deste novo partido, lançado no Dia da Mulher, liderado por uma mulher, é precisamente o reforço da posição da mulher na sociedade e na gestão dos nossos destinos coletivos. Não porque as quotas obrigam mas porque se lhes reconhece mérito, vontade e força para fazer acontecer.
Finalmente é também um dia marcante para os portugueses oriundos de outras geografias do mundo, mas também aqueles que sendo de cá, residem hoje fora do país, e que amam e respeitam Portugal com tudo o que este país incrível representa, pela sua gente, pelas suas terras, pela sua história, pelo seus erros mas também as suas conquistas, e que apesar disso, privam-se de participar de forma ativa nos seus destinos e na forma como é governado. A todos estes quero dizer, não há nada que vos impeça de abraçar a causa Portuguesa, que é nossa mas também vossa. Somos todos Portugal.
Não podemos continuar a permitir que gente que não defende a nossa pátria, a nossa essência e identidade, decida por todos nós sem qualquer sentido de responsabilidade ou obrigatoriedade de prestação de contas e que vencem eleições essencialmente graças à nossa resignação.
A NOVA DIREITA tem ideias para Portugal e graças à participação importante de todos, irá apresentar estratégias para que a curto, médio e muito importante a longo prazo este país estime e trate bem os seus cidadãos, para que a prosperidade regresse os nossos lares de forma sustentável e duradoura, para que nasçam mais Portugueses, e se resolva esta tremenda crise demográfica, em que cada ano que passa somos menos, mais velhos e mais vulneráveis;
Para que se reduza esta autêntica sangria de boa parte dos melhores e mais bem preparados se esvaem para o exterior em busca de melhores condições e em grande parte dos casos já não regressam; para que cessem estas práticas em que o estado pune quem se destaca, quem tem sucesso, quem arrisca e vence, numa tentativa absurda de querer nivelar-nos a todos por baixo e não por cima. Para que o empreendedorismo e a iniciativa individual voltem a ser geradores de riqueza para cada um e para todos nós;
Para que o país acolha e trate adequada e convenientemente os turistas, os estrangeiros que cá querem fazer vida, mas também os seus, sejam eles residentes aqui no território nacional ou por esse mundo fora. Que se aumente e potencie a ligação e relação com esta enorme massa de pulsar da alma portuguesa que está espalhada um pouco por todo o lado e que leva muito mais longe o nome de Portugal;
Que se respeite quem tem fé e religiosidade e que tal nunca seja visto como motivo de vergonha, discriminação ou desconfiança, mas sim de união, civismo, reflexão e fraternidade; para que a célula da família, seja ela, composta da forma que for, seja o pilar da nossa sociedade, estabilidade e consciência cívica.
Eu, enquanto rosto desta NOVA DIREITA, rejeito este permanente estado de resignação de alguns ou de queixa e reclamação permanente em que vivem outros. Estou convencida e confiante que Portugal tem tudo o que precisa para dar resposta às necessidades dos Portugueses e vencer os seus desafios. Para isso precisa de líderes com elevado sentido patriótico, mérito e honestidade e que nos façam acreditar a todos, que somos capazes, basta ir à luta. Este será o nosso modo de atuação e estamos convictos de que vamos conseguir.
Obrigado. Viva a Nova Direita e viva Portugal.